Neuroatípico, filho do Cerrado Goiano, pesquisador, adotado pela Mata Atlântica Catarinense. e tenho orgulho em dizer que convivi com um Bioma Australiano e um Holandês. Formado em Arquitetura e Urbanismo pela UFSC, sanduíche na MSD da Universidade de Melbourne, Mestre em Projeto e Tecnologia no posARQ UFSC.

Eu nasci no interior de Goiás em 1990, minha família é muito grande, sempre tive muitos primos da mesma idade. Na época, principalmente em cidades menores, interiores como é aqui na cidade de Jataí, uma cidade relativamente pequena, todos os finais de semana nós íamos para a fazenda da avó, então eu sempre tive um contato muito grande com o cerrado, com plantas e com animais que despertou meu interesse desde pequeno pela biologia.

Durante a faculdade de arquitetura, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), eu tive a grande oportunidade de participar do projeto Ciências Sem Fronteiras do Governo Federal, onde eu fiz um ano da minha graduação, em Melbourne, na Austrália. Nessa época que morei na Austrália, fiz disciplinas de paisagismo e arquitetura, tendo sido uma experiência muito única, muito imersiva no campo da tecnologia. Foi quando tive meu primeiro contato com tecnologias digitais, tanto de modelagem quanto de fabricação, onde aprendi programas que uso até hoje para trabalhar. Basicamente, essa primeira experiência fora do país estudando foi o que abriu meu horizonte para minha atuação no mercado.

Ainda na faculdade, no meu projeto de TCC, fiz um espaço de restauração ambiental, de pesquisa botânica para a mata do açude, que fica na minha cidade (Jataí-GO). Na época eu estudei paisagem sonora, para fazer minha edificação.

Depois entrei para o mestrado e pesquisei "planta e arquitetura". Trabalhei 3 anos no laboratório de projeto digital da universidade e desenvolvi uma pesquisa sobre como aproximar a linguagem das plantas, como aproximar a linguagem do ambiente natural com a linguagem de uma arquitetura possível. Nisso, eu lecionei, ensinei os alunos da quinta fase da universidade a modelar no Rhinoceros e Grasshopper. Também ensinei alunos através de workshops a extrair informações das plantas e aplicar essas informações em projeto, no design, e foi uma experiência que me possibilitou uma expansão muito grande nesse repertório que tenho hoje em termos de botânica e de ecologia.